sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Revivendo o passado

Caros petianos, esta coluna consiste na publicação de resumos de livros que em algum momento fizeram parte da construção da profissão de enfermagem no decorrer dos anos. O livro que veremos agora é Divisão Social do Trabalho e Enfermagem, da autora Cristina Melo, publicado no ano de 1986. Boa leitura!


CAP. I - SOBRE A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO
- Origem da divisão do trabalho- tribo;
- 1° grande divisão social do trabalho- tribos mais adiantadas fizeram da domesticação e criação de gado a sua principal ocupação;
- Aparecimento da horticultura, tear e a fundição de minerais desenvolveram os ramos da produção -           da produtividade - da necessidade de força de trabalho – gerou a escravidão;
- Divisão da sociedade em duas classes. 
- Surge a produção mercantil e com ela o comércio, o que levou a outra divisão da sociedade em classes: ricos e pobres;
- Civilização- 3° grande divisão social do trabalho com o aparecimento da classe dos comerciantes, deu origem ao Estado- fixa a separação cidade/estado e mais tarde: trabalho industrial/ comercial/ agrícola;
- Idade Média- na cidade a divisão de trabalho se dava de forma espontânea;
- No final da Idade Média- o Estado Nacional possibilitou um campo ainda mais amplo de atividades econômicas, e que exigiam para sua manutenção o acúmulo de população e capital;

CAP. II - A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO NA ENFERMAGEM
O CUIDADO AO DOENTE ANTES DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA PROFISSÃO
- A.C. pessoas com algumas habilidades e conhecimentos eram responsáveis por cuidar dos doentes;
- Roma Antiga - indigna dos cidadãos romanos e exercida por estrangeiros;
- Idade Média – cuidados dos doentes eram responsabilidades dos religiosos;
- Importante salientar que as mulheres sempre foram curandeiras em todas as épocas.
- Séc. XIII – introdução da enfermagem nos hospitais;
- Período Negro da enfermagem- é realizado o fechamento dos hospitais e a expulsão dos religiosos que ali atuavam. Muitas curandeiras foram levadas à fogueira;
O CUIDADO AO DOENTE ANTES DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA PROFISSÃO
- Organização hospitalar originadas das congregações religiosas(inspiradas na organização militar) - início da divisão social do encarregados para prestarem os cuidados de enfermagem -  matron e sister;
- Revolução industrial e o capitalismo – surgem movimentos a elevação moral e profissional dos hospitais e dos serviços oferecidos.
O SURGIMENTO DOS HOSPITAIS E SUA REORGANIZAÇÃO SOB O CAPITALISMO
- É no âmbito hospitalar que se amplia e evolui a própria divisão do trabalho na enfermagem.
- Roma Antiga- instituições médicas ;
- Igreja- criação dos hospitais;
- Hospital do Mosteiro de Pantocraton Salvador - 1° a obter um caráter institucional;
- Instituições hospitalares muçulmanos – organização.     
O SURGIMENTO DOS HOSPITAIS E SUA REORGANIZAÇÃO SOB O CAPITALISMO
- A enfermagem se institucionaliza enquanto profissão, uma atividade que a partir de então exigiria um preparo técnico próprio para seu desempenho;
- A nova enfermagem se subdivide: as enfermeiras que ensinam, coordenam e supervisionam e as enfermeiras executoras de cuidados;
- O trabalho de enfermagem nos hospitais era considerado inferior e tradicionalmente exercido por mulheres;
- A enfermagem moderna nasce reproduzindo a divisão social do trabalho entre duas categorias: a lady-nurse e a nurse.
A ENFERMAGEM COMO PROFISSÃO INSTITUCIONALIZADA
- A divisão do trabalho na enfermagem desenvolve-se no século XX, quando o avanço tecnológico, ao lado das políticas de saúde, sob o capitalismo, ampliam a divisão social do trabalho e criam novas categorias encarregadas do cuidado direto ao doente;
- A partir da década de 50 a enfermagem sofre influências da Escola de relações humanas;
- O produto ou atividade do trabalho da enfermagem é consumido como valor de uso, considerando que “serviço nada mais é que o efeito útil de um valor de uso, seja ele mercadoria ou trabalho”. 

CAP. III- A DIVISÃO SOCIAL E TÉCNICA DO TRABALHO NA ENFERMAGEM: BRASIL
- Brasil -  processo de desenvolvimento do cuidado ao doente se deu originalmente com os nativos indígenas;
- Novas doenças trazidas pelo colonizador – a assistências aos doentes passou a ser tarefa dos religiosos;
- 1543- Fundação da primeira Santa Casa da Misericórdia, chegada do 1° médico – os religiosos se transformaram em enfermeiros;
- A enfermagem surge no Brasil representada por elementos do sexo masculino;
- Final do séc. XIX- desenvolvimento da enfermagem como prática institucional, após a proclamação da República;
- 1890 – nos hospitais os cuidados de enfermagem continuam exercidos por religiosos;
- 1900- O Estado passa a controlar a saúde publica;
- 1920- a enfermagem é refletida como profissão institucionalizada;
- 1923- criada a primeira escola de enfermagem sob a orientação de enfermeiras norte-americanas;
- 1930- Criação do Ministério da Educação e Saúde;
- As enfermeiras reproduziam na sua profissão a divisão entre o trabalho manual e intelectual.
- Com a pressão trabalhista por melhores condições de saúde, os hospitais começam a exigir um preparo qualificado da enfermagem à Criação do 1° Hospital de Clínicas em SP;
- Hospital = símbolo da supremacia da atenção médica, as enfermeiras diplomadas passam a integrar o corpo do pessoal do hospital;
- Lei n.795 de 06 de agosto de 1949-  cria oficialmente cursos de auxiliares de enfermagem e regula as escolas de nível superior existentes;
- 1950- fortalecimento da política previdenciária;
- A Lei 2.604 de 17 de setembro de 1955, regula o exercício da enfermagem e oficializa a divisão do trabalho na profissão: enfermeiros, auxiliares de enfermagem, enfermeiros práticos;
- Década de 60 – concentração da medicina curativista com a multiplicação dos serviços privados (serviço hospitalar);
- Década de 70- agravamento do setor de saúde devido os gastos excessivos com os convênios do setor privado;
- Os programas de treinamento de pessoal auxiliar tomam ênfase não só para atender às políticas de assistência primária à saúde, bem como as necessidades do setor hospitalar- formação de baixo custo;
- Organização Sindical do pessoal de Enfermagem;
- Lei do exercício profissional n.3427/80 atribui aos enfermeiros, além das atividades administrativas, o cuidado mais complexo ao doente.